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madness

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Sex | 03.07.15

19/06/2015

ivy hurst

 

O dia que dá nome a este post, dezanove de junho, não é um dia que costuma ser celebrado na minha família. Não há nenhum aniversário, nenhuma data especial ou uma tradição por realizar. Porém, neste ano, foi um dia realmente muito especial.

 

Os meus pais decidiram fazer-nos uma surpresa. Eu tinha adivinhado logo mentalmente, mas mesmo assim fiquei surpreendida quando as coisas realmente aconteceram.

 

Tudo começou quando a minha mãe, por volta das três e qualquer coisa da tarde, nos diz para quando terminarmos de tomar banho para nos arranjarmos. Ora, se era para nos arranjarmos, era porque íamos sair. Mas onde? Era a questão que eu não conseguia decifrar. Pensei de imediato que os nossos pais nos fossem levar ao McDonald's, ou então ao cinema, mas a minha mãe insistia que nós íamos MUITO longe. Vou ser sincera... Aveiro não me passou pela cabeça, por estranho que possa parecer. Digo isto porque essa é que é a minha terra, e é por aí que residem os meus familiares.

 

Sabem no que é que eu pensei? Lisboa. E quanto mais ela insistia na ideia da viagem grande e de irmos a um sítio extraordinariamente distante, mais eu punha na cabeça que se calhar seria isso. Comecei a ficar meio choné por breves momentos. E se formos mesmo a Lisboa? Podia ter combinado com alguém e conhecer "amigas da Internet" e não o fiz. Mas não, não fui a Lisboa. A minha mãe é que tenta sempre dar a volta ao óbvio e adora exagerar.

 

Bem, não era perto de casa, também é verdade; mas não era assim tão longe como ela se fartava de dizer. Jantámos então no McDonald's, coisa que já não fazíamos há imenso tempo. A seguir, eu julguei que íamos para casa, mas o meu pai tomou o caminho oposto e eu comecei a ficar cada vez mais entusiasmada. Tem piada que agora, sem querer, estou a ouvir a mesma música que ouvi enquanto íamos para o cinema, sem eu saber. End Up Here, dos 5 Seconds Of Summer. Mas bem, isso não interessa.

 

No cinema, fiquei meio atarantada. Por norma, eu costumo acompanhar e a minha irmã acompanha a minha mãe, porque eu costumo ir ver um filme de terror, ação ou outro género com o meu pai, e a minha mãe e a Ticha costumam ir ver um filme de animação. Não é que desta vez, os papeis se inverteram? Pois é, desta vez fui eu que fui ver um filme de animação com a minha mãe. Até aqui já todos vocês perceberam, ou eu não teria colocado uma imagem do Divetida-Mente no início do post.

 

Se bem que eu estava algo indecisa... Queria ver o Poltergeist, mas a capa não era muito convidativa para alguém que tem medo de palhaços. (e mesmo assim eu já vi o filme, milagrosamente, com o meu pai).

 

Encontrei uma colega antiga da escola que já não via há anos, mais a sua prima que também conheço. Foi bom, especialmente porque ela sempre foi uma rapariga muito simpática e amiga. Foi realmente bom conversar com ela... Se bem que foi mais a tagarela da minha mãe que mais falou com ela.

 

Enquanto aguardávamos, ainda fora da sala de cinema, olhei o poster que estava mesmo à minha frente: Magic Mike XXL. E eu virei-me para a minha mãe e disse-lhe: Eu queria era ver aquele... ; Teve graça, porque ela perguntou-me porque é que eu não escolhi aquele e sim o Inside Out. A resposta era simples: ainda não tinha estreado. Acreditem que se tivesse sido hoje, era mesmo esse filme que eu tinha ido ver com ela. Mas bem...

 

Vimos a curta-metragem Lava, e foi simplesmente lindo. Cheguei a uma parte que tive de desviar o olhar e pestanejar algumas vezes, o que significa, na maior parte das vezes, que eu estou com os olhos inundados em lágrimas. Eu não sei o que se anda a passar comigo, mas ultimamente isto é frequente. Entretanto, começou o filme propriamente dito, Divertida-Mente. Estava eu a adorar tudo o que via, quando de súbito o filme para e chega o intervalo... Não sei quanto a vocês, mas detesto intervalos!

 

E foi durante o intervalo que houve um acontecimento que eu não sei explicar numa só palavra. "Estranho" talvez encaixe muito bem. Uma vez que o meu pai e a Ticha estavam na sala ao lado a ver o Mundo Jurássico (claro, dois doidos por dinossauros não podiam perder uma oportunidade destas), a minha mãe disse-me para ir espreitar à porta para ver se eles também estavam no intervalo e se, como eu ia fazer, estavam fora da sala (que confusão estou para aqui a fazer). Foi quando eu estava a chegar à porta que... Bem. Tenho a sensação que isto vai ser esquisito porque vocês vão ter a mesma reação que a minha mãe.

 

Ia a entrar um rapaz, provavelmente da minha idade, com um carrinho. Não fazia a menor ideia que agora nos intervalos de cinema entrava alguém com alguns dos produtos que podemos comprar no bar. Pelo menos, no Cinema City em Leiria é assim que agora funciona. Mas o moço, coitado, teve algum azar. Ao tentar entrar ali, numa zona tão estreita e complicada para se levar um carro daqueles, ele bateu com o carro na esquina na porta e caíram algumas garrafas que ele trazia. Ora... Eu sou boa moça, e costumo sempre ajudar quem está atrapalhado, seja conhecido ou não. O problema nem foi esse! Primeiro ia eu a abaixar-me e ele, muito aflito, começou logo a dizer para não o fazer. Óbvio que o fiz à mesma. Sabem aquelas cenas dos filmes, que são literalmente mesmo à filme em que está um rapaz e uma rapariga, um deles deixa cair qualquer coisa e depois quando o que ajudou vai a devolver, ambos agarram e ficam a olhar um para o outro feitos parvos? Fui isso que me aconteceu.

 

E ali estávamos os dois, meio aparvalhados, cada um a segurar uma parte da pequena garrafa. Lá acabei por largar e dizer-lhe que não tinha de agradecer, e saí disparada dali. Tive de passar por ele quando voltei a entrar, mas nem o olhei... Estupidamente (ou não), contei à minha mãe quando me sentei de novo ao lado dela. E dizia ela: sacaste o número?! Era jeitosinho?! Ai, é aquele ali?! Queres ir lá comprar alguma coisa que a mãe dá-te dinheiro? O que é que queres? Nachos? Água?!

 

MÃES! Tive de resmungar entre dentes um mãe, cala-te por favor até ela finalmente o fazer. E pronto, depois lá vimos o resto do filme.

 

Eu confesso que dei por mim a chorar duas vezes. Não fui só eu, a minha mãe também chorou. mas eu sinceramente não devo de andar bem, porque eu não era assim de chorar com tudo e com nada.

 

E sabem outra coisa engraçada?! Fugi do Poltergeist na altura por causa do palhaço, e quando dei por ela estava outro palhaço à minha frente, no grande ecrã! Acho que murmurei uma asneira qualquer e pronto... Lá fiz o típico desvianço de olhos para não ter de olhar diretamente para aquela coisa e correu tudo bem.

 

Foi um dia fantástico, adorei a surpresa dos meus pais. O filme foi lindo, e a curta metragem, Lava, também foi fantástica. Estou ansiosa pelo dia em que vou voltar a ver o Inside Out, mas desta vez terá de ser sozinha, que é para ninguém me ver a chorar, ahahaha. (que triste, tia nésse).

 

E pronto... Depois de tanto tempo sem posts decentes, aqui venho eu com um testamento que serve para uns bons dois meses! Já estou cansada de escrever, gente.

Até à próxima, beijocas ♥

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